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CLUBE DO LIVRO

O livro de Junho:

Não me abandone jamais

Kazuo Ishiguro

capa do livro

‘Não me abandone jamais’ é uma história triste, recheada de sentimentos e emoções, com personagens ingênuos que conseguem agradar o leitor.

Basicamente, temos uma história de amor e perdas. Entretanto, existe um pano de fundo, digno de uma grande obra de ficção científica, que dá à narrativa um certo mistério, algo que precisa ser revelado e que incita a continuidade da leitura. Mas é apenas um pano de fundo, pouco desenvolvido em detalhes (até porque esse não era o objetivo do autor). Seria errado dizer que este é um livro de ficção científica.

Contar muitos detalhes estragaria a experiência de quem ainda não conhece a história. O que posso dizer é que há muito por trás da realidade vivenciada pelos protagonistas Kathy, Tommy e Ruth. Eles nunca são esclarecidos totalmente, vivendo e crescendo no internato Hailsham. Qual o motivo de estarem ali? O que o futuro reserva? São respostas desvendadas ao longo da narrativa (muito bem construída), cada segredo sendo revelado aos poucos, até a última página.

DATA: 30/08/2023
HORA: 19H
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Nosso autor do mês

Kazuo Ishiguro nasceu na cidade de Nagasaki, Japão, em 8 de novembro de 1954, mas aos cinco anos de idade emigrou com a família para Guildford, na Inglaterra. Seu pai, o oceanógrafo Shizuo Ishiguro, recebeu uma proposta para trabalhar em um projeto de pesquisa por dois anos, e após esse período a família planejava voltar ao seu país, mas por diversas circunstâncias foram ficando, e Kazuo e suas irmãs, Fumiko e Yoko, cresceram sob a influência das duas culturas.

Estudou na Woking County Grammar School entre os anos de 1966 e 1973, uma escola muito tradicional que lhe proporcionou a vivência na sociedade inglesa.[2] Ishiguro tinha um grande interesse na música, e recebendo grande influência de Bob Dylan, Leonard Cohen e Joni Mitchell.[2] Na sua adolescência sonhava ser um músico, actuando em vários clubes e enviando gravações a várias editoras. Sendo rejeitado por estas, e não tendo futuro com a música, decide dedicar-se à escrita.

Em 1974, entrou para a Universidade de Kent, onde estudou Inglês e Filosofia, mas afastou-se temporariamente da graduação para trabalhar em um reassentamento do departamento de assistência social de Renfrew, na Escócia.[2] Estudou também na East Anglia, no curso de "escrita criativa" que o escritor Malcolm Bradbury estabeleceu e no qual era ainda professor. Ishiguro define-se como sendo um escritor que deseja escrever novelas internacionais. Antes de escrever os seus aclamados romances, Ishiguro publicou contos e artigos em revistas variadas, na década de 1980. Em 2017 foi laureado com o Nobel de Literatura,[3] em virtude da grande força emocional presente em seus romances, e assim revelando o abismo sob o nosso ilusório sentido de conexão com o mundo. A sua obra foi traduzida em mais de 28 países.

Seu livro, Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios, foi retirado de um vestibular da Universidade de Rio Verde após o deputado Gustavo Gayer (PL), criticar a obra.

“Eu fiz uma denúncia de um livro que uma universidade de Goiás estava usando como pré-requisito para que os alunos pudessem fazer a prova, o vestibular, e no livro tinham absurdos pornográficos. Eu simplesmente falei que era um absurdo eles usarem um livro como esse se até alunos de 14 anos podem fazer aulas para cursinho"

rosto do autor kazuo
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