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Blanche de Bonneval

autora Blanche de Bonneval

Blanche de Bonneval

Sou Blanche de Bonneval, tenho 73 anos, sou franco-brasileira, nascida em São Paulo e formada em geografia urbana e planejamento no Brasil e na França. Ingressei logo depois de obter o meu doutorado, no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em vista do meu espírito aventureiro, trabalhei essencialmente em países difíceis e/ou em guerra por 25 anos. Hoje virei contadora das minhas próprias histórias e escrevo meus livros sob o pseudônimo de Beatriz de Val d´Or. Sangrei tanto nestas histórias e elas também sangraram tanto em mim que eu as conto com o mesmo realismo de quando tiveram lugar. A maior parte delas aconteceram nos cinco postos mais interessantes em que servi, a saber Angola, Madagascar, Chade, Tadjiquistão e Rússia.

Do livro

Queria dar aos leitores o seguinte aviso: optei por não revelar os nomes dos meus familiares, colegas, empregador ou instituições com que trabalhei. Aliás, nem revelo o meu próprio nome… Depois de notar que ficava mais fácil abordar certos assuntos pessoais, ainda sensíveis, como Beatriz de Val d’Or.
Permite uma certa distância, um certo desapego. Mas assino o livro com meu verdadeiro nome: ele é filho meu e tenho orgulho dele. Fui criticada por alguns amigos que achavam que eu tinha de escrever uma biografia com os nomes verdadeiros dos atores e instituições, doesse a quem doesse. Mas me mantive firme na minha posição. Por quê?

Porque o essencial do livro sou eu e a minha vida em Antananarivo. Outras pessoas e instituições que ali mencionei lá estão para dar uma ideia do meio em que vivia no trabalho e na vida pessoal. São para mim os meus cenários, um pouco como no teatro, indicam onde a peça está ambientada e vão mudando conforme o desenvolvimento do tema. Mas se em a sua importância, é a peça e seu enredo que são essenciais no livro.

Trato por esta razão com tranquilidade dos aspectos positivos e negativos que vivi tanto no meu trabalho no sistema das Nações Unidas quanto nas minhas relações com as embaixadas existentes.
Sei que meu comportamento era considerado irreverente e rebelde — e às vezes, reconheço que era mesmo — mas nunca me abalei em demasia com as críticas. Sempre fiz o melhor que pude, confiei na minha intuição e tenho muito orgulho de nunca me ter deixado influenciar quando estava convencida de que minhas escolhas eram corretas.

livro Dezoito Etnias a deriva
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